Entre bandeiras, cartazes, palavras de ordem e os habituais discursos, ficou patente o descontentamento de quem no interior continua a assistir ao fim de serviços básicos essenciais, sobretudo as populações envelhecidas.
Se a extinção de freguesias se concretizar, Arraiolos é dos concelhos mais penalizados, argumenta Jerónimo Lóios, presidente da câmara municipal: “Das sete freguesias actualmente existentes, ficaríamos com três, quatro seriam integradas nas outras. Não se venham com o argumento que da fusão as freguesias continuam lá à mesma, a não ser que carregassem com as casas das pessoas e com as terras, como é evidente”.
Rosa Carmo é funcionária da Junta de Freguesia de S. Pedro da Gafanhoeira, precisamente no concelho de Arraiolos, uma das que integra a já apelidada de lista negra das freguesias. Se as portas fecharem, quem paga é a população que se vê privada de serviços vários: “As refeições escolares, os transportes, medimos as tensões, faço telefonemas, marco consultas”.
Agitada, Ricardina Cuco, não aceita a extinção da sua Freguesia: S. Brás dos Matos, na Mina do Bugalho, concelho de Alandroal: “Para irmos ao Alandroal ainda são onze quilómetros, e não temos transportes. Não há possibilidades de ir resolver os problemas ao Alandroal, seja atestados de junta de freguesia, fotocópias, pagar a luz ou a água”.
A “reorganização administrativa” deverá subtrair 31 freguesias ao distrito de Évora. Hoje o descontentamento falou bem alto e ficou novo protesto marcado para 30 de Novembro frente ao Parlamento, precisamente no dia em que será votada a Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2012.
Fonte: http://rr.sapo.pt
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