Assinala-se,
hoje, 1 de dezembro, o 5º aniversário da declaração como Património Cultural
Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente pela Unesco do fabrico de
chocalhos.
A
candidatura foi coordenada pelo antropólogo Paulo Lima, que contou com a
colaboração de uma equipa da qual faziam parte, entre outros, a historiadora
Ana Pagará, o fotografo Augusto Brázio e o realizador David Mira, e liderada
pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo em colaboração com a
Câmara Municipal de Viana do Alentejo e a Junta de Freguesia de Alcáçovas.
O
chocalho português é um instrumento de percussão idiofone com um badalo interno
único, normalmente pendurado numa cinta de couro ao redor do pescoço de um
animal. É utilizado tradicionalmente pelos pastores para localizar e controlar
os seus rebanhos, criando uma sonoridade inconfundível nas zonas rurais.
Os
chocalhos são feitos manualmente em ferro, que é martelado a frio e dobrado na
bigorna até ficar em forma de taça. Pequenos pedaços de cobre ou estanho são
colocados à volta do ferro, que é depois envolto numa mistura de barro e palha.
A peça é cozida e, em seguida, mergulhada em água gelada para uma rápida
refrigeração. Por fim, a argila queimada é removida, o cobre ou estanho que
recobre o ferro é polido e o tom do sino é afinado.
No
entanto, esta prática é cada vez menos sustentável devido às recentes mudanças
socioeconómicas.
Novos
métodos de pastagem requerem cada vez menos pastores e a maioria dos chocalhos
são agora produzidos usando técnicas industriais mais baratas.
Atualmente,
existem apenas 11 oficinas e 13 fabricantes de chocalhos, 9 dos quais têm mais
de 70 anos de idade.
Fonte:
https://odigital.pt/parabens-5-anos-de-fabrico-de-chocalhos-como-patrimonio-da-humanidade/
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