A
tão esperada vacina contra a Covid-19 começou a ser administrada, ao início da
tarde desta terça-feira, dia 29 de dezembro, aos profissionais de saúde do
Hospital de Santa Luzia e a Rádio ELVAS acompanhou, de perto, o arranque deste
processo de vacinação.
Sandra
Pita (na imagem abaixo), enfermeira no serviço de urgência, foi das primeiras a
receber a vacina. Conta que nunca teve receio de a receber, sendo que, pelo
contrário, tinha até “muita expectativa”.
“Acho que é importante, não só para
mim e para os meus, como para a proteção de todos nós”, assegura.
Do
ponto de vista desta enfermeira, o processo de vacinação só podia começar pelos
profissionais de saúde, uma vez que são eles que estão na linha da frente e
“dão o exemplo do dever cívico de todos nós”.
A
enfermeira, depois de alguns minutos passados de ter levado a primeira dose da
vacina, garante não ter sofrido qualquer efeito
colateral da toma da mesma,
assegurando que o importante é ter esperança e acreditar na ciência, para se
conseguir combater esta pandemia.
Sandra
explica ainda que não custa nada receber esta vacina, sendo que, depois de ser
administrada a primeira dose, é necessário aguardar, cerca de meia hora, para
se garantir que não surgem efeitos adversos. Dentro de 21 dias, Sandra, assim
como todos aqueles que
receberam hoje a primeira dose, irão ter de tomar a
segunda.
Só
hoje, no hospital elvense, são vacinados cerca de 40 profissionais de saúde.
Outros tantos serão amanhã e nas semanas que se avizinham. Como explica o
médico Vítor Silva, “todos os profissionais da ULSNA serão vacinados”, sendo
que o processo decorre em simultâneo nos hospitais de Elvas e Portalegre. Nesta
primeira fase
da vacinação, serão igualmente vacinados “os utentes e
profissionais de lares e outros profissionais, importantes na cadeia de
transmissão”.
Esta
vacina, para o médico, é o passo mais importante para que, dentro de alguns
meses, o mundo possa “readquirir a normalidade possível”, representado apenas o
“princípio do fim da pandemia”. “Mas vai levar muito tempo até que as pessoas
voltem a sentir o mundo da mesma forma”, acrescenta.
O
médico garante ainda que há evidências científicas de que o risco de levar esta
vacina é mínimo. “A ciência está sempre preparada para o pior, mas o risco é
mínimo, porque se não (a vacinação) não podia ter começado”, assegura,
lembrando que, até então, e depois do processo já ter sido iniciado em Portugal
e noutros países, não há registo de reação adversas. “É muito mais perigoso
atravessar uma passadeira que levar esta vacina”, garante ainda.
Vítor
Silva explica ainda que há possibilidade, no espaço de 21 dias, entre a toma da
primeira e da segunda dose da vacina, as pessoas poderem contrariar a doença
Covid-19. O que se pretende, acrescenta, é que, no final da segunda dose, se
alcance a imunidade. “Não temos qualquer garantia que apenas uma dose seja
suficiente e, por alguma razão, são duas doses”, acrescenta. Tendo isso em
conta, garante o médico,
os profissionais de saúde não vão poder aliviar os
seus cuidados e manter o mesmo comportamento social, como até aqui.
Quanto
ao tempo de espera, de meia hora, a que as pessoas ficam sujeitas, depois de
levar a vacina, Vítor Silva garante que é o processo normal em qualquer tipo de
administração de vacina ou injeção. “É uma mera formalidade”, garante.
O
médico explica ainda que, se de início havia algumas dúvidas, todos os
profissionais de saúde, em Elvas, estão a aceitar ser vacinados. “De início,
havia algumas dúvidas e alguma ansiedade, mas mesmo as pessoas que tinham
dúvidas estão a aceitar ser vacinadas, sem qualquer reserva”, garante. Por esta
altura, e para já, estão a ser vacinados apenas os profissionais de saúde que
nunca estiveram infetados, para que possam gerar anticorpos.
A
primeira pessoa a ser vacinada no Hospital de Santa Luzia foi a enfermeira
Filomena Correia.
De
recordar que as primeiras vacinas chegaram ao hospital de Elvas, ontem, por
volta das 20 horas, sob escolta da PSP e GNR.
Fonte:
https://radioelvas.com/2020/12/29/covid-profissionais-de-saude-do-hospital-de-elvas-ja-comecaram-a-ser-vacinados/
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