A
passagem da depressão Dora trouxe condições meteorológicas adversas que devem
manter-se por mais 24 horas.
O
novo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC),
André Fernandes, que tomou hoje posse, adiantou à Agência Lusa “mantemo-nos em
estreita articulação com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA),
mas prevê-se que esta situação demorará mais 24 horas, com desagravamento no
final do dia de amanhã [sábado]” assinalando a “relativa calma” do ponto de
situação sobre os efeitos da depressão Dora em Portugal continental.
O
dirigente recém-empossado descreveu um impacto significativo do mau tempo a
algumas regiões, com especial enfoque no Norte e nas terras altas. “Apenas
algumas regiões do Norte, nomeadamente as regiões de Peneda-Gerês, Estrela e o
distrito de Viseu, têm alguma neve e a afetação normal neste tipo de situações.
Há alguma queda de árvores, mas, do ponto de vista geral, estamos a acompanhar
a situação e não há nada digno de registo”, sintetizou.
Segundo
as informações da Proteção Civil, entre as 00:00 e as 12:00 de hoje,
registaram-se 144 ocorrências, a maioria relacionadas com a queda de árvores
(68) e a desobstrução de vias por causa da neve (44).
Por
causa da agitação marítima forte, o IPMA colocou sob aviso laranja, até às
00:00 de domingo, a costa dos distritos de Beja, Viana do Castelo, Braga,
Porto, Aveiro, Coimbra, Setúbal e Faro.
Foi
também emitido um aviso amarelo para os distritos de Braga, Vila Real, Viana do
Castelo, Porto, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco devido à queda de neve
acima de 1.400/1.600 metros, descendo gradualmente a cota para 700/900 metros,
até às 06:00 de domingo.
Sob
aviso amarelo (menos grave) estão ainda os distritos de Viana do Castelo,
Braga, Porto, Aveiro, Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda e Castelo Branco
devido à previsão de vento forte de noroeste, com rajadas até 95 quilómetros
por hora nas terras altas até às 06:00 de sábado.
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