
«Não vale a pena misturar a plataforma informática para os transportes de doentes com a questão central que é o corte das credenciais aos doentes. Diz a Governadora Civil no ponto 4 da sua missiva que o Despacho está suspenso ou a senhora não acredita no que escreve ou então andam a brincar com os doentes. Os factos da realidade que vivemos, é que centenas de doentes com as mais diversas terapias que precisam de apoio para fazerem os seus tratamentos a quem foi negada a respectiva credencial. Saberá a senhora o que significa para uma pessoa acamada mandarem-na deslocar-se em transporte público? Ou um jovem com uma doença degenerativa que só pode ser transportado em ambulância para vir deitado e não lhe passam a credencial, pessoas que foram transplantadas ao fígado e a pulmão e negam-lhe a credencial. Em média no Distrito de Évora as credenciais estão reduzidas a menos de 30%. Porque vem dizer que está o Despacho suspenso? Sabe a senhora que foram reduzidas drasticamente a passagem de credenciais de transporte a doentes não urgentes, se foi apenas aplicado a alínea a) do referido despacho, ou seja, em caso que clinicamente se justifique, não seria uma redução tão acentuada! Ou será que existe mais alguma circular ou algum tipo de norma interna, a qual nós desconhecemos? Porque o que transparece, é a existência da falta de autonomia clínica por parte dos profissionais de saúde, reflectindo-se nos mesmos algum receio na passagem das credenciais», pode ler-se no comunicado do MUSP.
Para o MUSP, a governadora «ignora o sofrimento de todos os nossos concidadãos». «A ironia do seu texto», acrescenta o documento, «despreza o valor mais elementar do ser humano, que é o direito à vida».
Quinta, 17 de Março de 2011 - 14:54
Fonte: Noticias Alentejo
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