No Dia do Estudante, que este domingo assinala os 51 anos dos
acontecimentos que levaram à Crise Académica de 1962, o Movimento que agrega as
várias associações de estudantes do Ensino Superior divulga uma carta aberta
endereçada ao primeiro-ministro, onde exige uma «reunião com carácter urgente»
para saber, «de uma vez por todas», que caminho o Governo quer para o Ensino
Superior. Se não forem ouvidos, os estudantes admitem sair à rua.
Na carta aberta, o Movimento Associativo, que defende que «a
Educação é o maior investimento que o país pode fazer no seu Futuro», acusa o
Governo de não honrar os seus compromissos. Portugal continua a ter «uma das
propinas mais elevadas da Europa, um sistema da Acção Social Escolar obsoleto e
ineficaz e a realidade do abandono escolar, do desemprego jovem e da
emigração», dizem.
«Continuam os sucessivos Governos a não encarar como uma
prioridade a Educação dos mais jovens, mesmo quando sabemos que um licenciado
devolve, em média, três vezes mais ao estado do que aquilo que o estado
investiu nele», lê-se na carta endereçada a Passos Coelho.
‘Se acham que a
educação é cara, experimentem a ignorância’
Dirigindo-se directamente ao «Senhor Primeiro-ministro», os
estudantes lembram que, durante esta legislatura, diversas foram as vezes que
reuniram com o Secretário de Estado do Ensino Superior e que «as respostas
foram sempre nulas, sempre baseadas no argumento da situação difícil que o país
atravessa financeiramente».
Recuando a 2011, os estudantes lembram que reuniram com
Passos Coelho quando este ainda estava na oposição, tendo-lhes prometido um
novo encontro quando fosse eleito. «Promessas feitas, promessas quebradas», diz
o Movimento.
Hoje, a pretexto do Dia do Estudante, as associações de
estudantes do Ensino Superior exigem que as suas reivindicações sejam ouvidas.
Se tal não acontecer, fica feita a promessa de que não se vão poupar no recurso
a «acções de força».
Fonte: SOL
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