Um idoso que ontem participava numa manifestação contra o encerramento das urgências no Centro de Saúde de Alandroal sentiu- -se indisposto e teve de ser levado pelos bombeiros para o Centro de Saúde de Estremoz, a cerca de 30 quilómetros de distância. "É o melhor exemplo que poderíamos ter sobre a forma como as pessoas são penalizadas pelo encerramento dos serviços de saúde", diz ao DN o presidente da Câmara Municipal de Alandroal, João Grilo.
Em causa está o encerramento do serviço de atendimento permanente (SAP) que actualmente funciona entre as 09.00 e as 21.00 e que será substituído por uma consulta aberta entre as 14.00 e as 21.00.
"É uma decisão inaceitável, pois uma pessoa que se sinta doente tem de esperar que cheguem as duas da tarde e depois só é atendida pelo médico quando este terminar as suas consultas. Deixa de haver médico dedicado apenas aos casos urgentes", acrescenta.
"É uma injustiça mandarem- -nos daqui a caminho de Estremoz ou de Évora", dizia uma das cerca de 800 pessoas que participaram na manifestação de ontem. Outra apelidava a decisão de "incompreensível", uma vez que o actual centro de saúde custou 1,6 milhões de euros, tendo sido inaugurado há apenas cinco anos.
Fonte da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo garante que em causa está uma reestruturação de serviços no âmbito da qual ficam mais médicos disponíveis para percorrer as freguesias do concelho. "Em Santiago Maior, por exemplo, só existia médico duas vezes por semana e agora passa a ir lá todos os dias", diz o porta-voz da ARS do Alentejo.

Fonte: Diário de Noticias
Nenhum comentário:
Postar um comentário