O
novo Hospital Central do Alentejo, em Évora, cuja construção foi hoje
adjudicada, deverá ficar pronto até ao final de 2023, num investimento de mais
de 200 milhões de euros, foi hoje divulgado.
Na
cerimónia de adjudicação da construção do equipamento, realizada em Évora, a
ministra da Saúde, Marta Temido, congratulou-se por mais este passo do projeto,
cuja “história remonta pelo menos a 2006”, quando foi considerado “prioridade
de investimento”.
Em
“outubro de 2008, procedia-se à aprovação do projeto de arquitetura”, mas “em
maio de 2011 foi realizada a suspensão do procedimento” devido à crise
financeira e voltou a ser “sinalizado como investimento prioritário em 2018”,
lembrou a ministra.
“Estamos
aqui, 15 anos volvidos sobre a data em que se começou a ouvir falar deste
projeto, com um compromisso que vimos honrar e cumprir, o do investimento no
interior, da melhoria da atratividade para profissionais de saúde, da criação
de melhores condições para a população do Alentejo em termos de serviços de
saúde”, realçou Marta Temido.
Segundo
a ministra, “o propósito último” deste novo hospital é o de “aumentar a
capacidade de resposta” do Serviço Nacional de Saúde na região.
“Não
só para melhorar as condições de acesso, mas também para alargar as valências
que aqui teremos disponíveis, evitando que os utentes desta região tenham de se
deslocar, nomeadamente para os hospitais de Lisboa”, acrescentou.
Desta
forma, o novo equipamento visa garantir “maior proximidade, qualidade e
eficiência, mas também uma maior confiança naquilo que é a rede de serviços
públicos”, disse.
O
presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, José Robalo,
assinalou que o objetivo é que o novo Hospital Central do Alentejo, para servir
o distrito de Évora, mas também toda a região, num total de cerca de 500 mil
pessoas, fique pronto até ao final de 2023.
Segundo
o responsável, o projeto envolve um investimento “de mais de 200 milhões de
euros”, repartido por 183 milhões, com apoios da União Europeia, para a
construção e 29 milhões para a aquisição do equipamento.
Este
novo hospital vai “facilitar o aparecimento de novas alternativas e inovações
clínicas e tecnológicas que permitem uma maior diferenciação”, realçou.
Já
a presidente do conselho de administração do Hospital do Espírito Santo de
Évora (HESE), Filomena Mendes, notou que “não são só novas instalações que
poderão fazer toda a diferença”.
Por
sua vez, o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, congratulou-se
por mais “um passo decisivo” para a concretização do equipamento e adiantou que
vai discutir com a tutela os projetos para acessibilidade e infraestruturas.
O
concurso público da empreitada foi ganho, em abril, pelo grupo espanhol
Acciona.
Segundo
o projeto, o hospital terá uma lotação de mais de 350 camas em quartos
individuais, a qual poderá ser aumentada, em caso de necessidade, até 487
camas.
Um
total de 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional,
seis para atividade de ambulatório e dois para atividade de urgência, cinco
postos de pré-operatório e 43 postos de recobro são outras valências da futura
infraestrutura.
RRL/SYM
// ROC
Lusa
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