Mais que o outro meu avô
O meu Pai até se lambia
Vejam bem como é que eu sou.
Dizia p´rá minha avó
Julgas que bebes tu só
Também lhe vou arrumando.
Eu bebo de vez em quando
Como noutro tempo fazia
Sempre comigo trazia
Duas garrafas ou três,
Cinco litros de uma vez
Um dos meus avós bebia.
De vinho bebi um tonel
Enquanto me coube na pele
Eu bebi até que pude.
Fui sempre homem de saúde
O mal nunca me chegou
Nem para cá se aproximou
Só por eu assim fazer,
Ninguém consegue beber
Mais que o outro meu avô.
Logo aparecia o bicado
E já à mesa sentado
Outro me mandava buscar.
Nunca se deixava acabar
Vinho sempre ali havia
Pois quem os copos enchia
Tinha o vinho sempre à mão,
Que em vendo o garrafão
O meu pai até se lambia.
Numa adega fui criado
Com muitas talhas ao lado
E pipos também lá tinha.
É tudo família minha
Essa gente que me criou
E eu repeso não estou
Até me sinto contente,
Se eu pertenço a essa gente
Vejam bem como é que eu sou.
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