A unidade hoteleira de cinco
estrelas, representa um investimento de 3 milhões de euros em 20 hectares do
concelho de Alandroal. O investimento criará um total de 30 postos de trabalho,
que serão preenchidos por pessoas alentejanas – 11 no setor agrícola e 19 na
unidade hoteleira – existindo a particularidade de os promotores pretenderem
que destes últimos 17 sejam mulheres.
Em declarações à Rádio
Campanário, Lígia Fraga, investidora, refere que a escolha da região parte de
um “sonho” de criança em ter “um monte no Alentejo”, considerando que a região
“tem o cenário ideal”.
É pretendido que, quem venha
a fazer uma estadia, “chegue, pare e disfrute” da unidade hoteleira, que será
composta por “24 suites, com 12 mezanino (tipo de arquitetura) onde podem
trazer animais de estimação”, procurando “manter os edifícios antigos e criar
novos”, como um restaurante, Spa, ginásio, piscina interior e exterior, um
picadeiro e um aeródromo para que “quem chegue, possa fazer imediatamente uma
viagem direta para o Alandroal”, esclareceu a promotora.
No setor agrícola terá vinha
e amêndoa, algo que justifica “com a envolvência do terreno”, em que, após
estudo foi optado pelo vinho por ser “tradicional” e por opção pessoal, já o
amendoal vem na perspetiva de criar um jardim, por isso refere “a flor” que daí
advém.
O projeto é um investimento
candidatado em 3 milhões euros (400 mil euros no âmbito agrícola) aos programas
comunitários 2020, considerando que “se for 4 ou 5 (milhões) é aquilo que for
para que isto se torne um sonho”, ambiciona a empresária.
Lígia Fraga, a investidora,
recordou as suas origens familiares na freguesia de pardais, concelho de Vila
Viçosa, motivo pelo qual indica “um regresso, ao fim de muitos anos, à terra
que nos viu nascer”.
Sendo Lígia Fraga de Pardais
(Alandroal), esta unidade surge como “um regresso às origens […] muito
significativo e muito simbólico”.
“Este hotel é de facto
diferenciador, único, de excelência, direcionado a targets muito bem
posicionados”, com poder de compra.
O Presidente da ERT Alentejo
congratulou João Grilo, Presidente da Câmara Municipal de Alandroal, porque
“Alandroal acaba por ganhar aqui uma perolazinha muito significativa”.
Questionado sobre o aumento
de projetos deste género no Alentejo, ao logo da presente década, afirma que
“nós não queremos ser de massas, nós queremos ser uma região distinta”,
descrita em publicações internacionais, como “a nova Toscânia”. Os turistas
dirigem-se à região Alentejo para “desligar”. O público-alvo da unidade
hoteleira são pessoas “que levam uma vida agitadíssima, cheia de stress”, que
para além da “identidade, património natural” da região, encontram “nestas
unidades tempo para ser feliz”.
Também em declarações à RC,
João Grilo, presidente do município de Alandroal, considera o lançamento da
primeira pedra “um grande investimento”, caraterizando-o como “emblemático
naquilo que deve ser o turismo do Alentejo e de alandroal”.
O autarca mostra-se
satisfeito com o contributo dos investidores para a estratégia do turismo que
se pretende implementar no concelho, que assenta “na qualidade, na
diferenciação e a fugir do turismo de massas”, concentrando assim, uma procura
“que respeite as tradições, indicadores ambientais e que contribua para o
desenvolvimento”, acrescentou.
É através de “uma estratégia
concertada” que João Grilo vê a possibilidade de atrair novos investidores,
mostrando-se “apostado em trazer quem possa pegar nos nossos espaços e dar-lhes
uma nova vida”.
O estilista Nuno Gama,
encontra-se responsável no projeto, por “dar roupagem, caráter e personalidade
a muita coisa”, diz em declarações à Rádio Campanário, avançando que a
decoração “vai ter uma passagem muito grande pelo Alentejo”.
Neste âmbito, o seu trabalho
via “recuperar aquilo que é a arte e a tradição alentejana e transformá-la em
coisas contemporâneas”, passíveis de despertarem em quem visita o hotel,
curiosidade em adquirir e conhecer mais sobre a cultura Alentejana.
Aliada à experiencia de
vida, Nuno Gama diz ter tido, “recentemente, uma longa estadia aqui no Alentejo
a fazer um levantamento de artesãos e de coisas típicas e de tradição
alentejana”, para aplicar no seu design, sendo este “um trabalho que está em
execução”.
Mais acrescenta a intenção
de “ajudar alguns artesãos de peças eleitas por nós” a adquirirem com o projeto
“algum valor comercial”.
Arquiteto David Maciel, um
dos profissionais encarregues do projeto, realça a componente agrícola do
projeto, que visa “dar um bocado mais de força, e dar continuidade ao que foi
feito aqui na região”.
“Desde que foi feita a
candidatura para fazer aqui um empreendimento com estas caraterísticas”,
explica, “houve necessidade de criar um envolvimento e enquadramento […],
prolongar a intervenção do aldeamento”.
Relativamente ao seu papel
no projeto, descreve-se como “a mão da cabeça dos meus promotores”, visionários
responsáveis pela unidade que surgirá no concelho de Alandroal.
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