Secretário de
Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, referiu que algumas medidas
podem ter efeito ainda este ano.
Foram seis horas e
meia a discutir a "reforma do Estado" em conselho de ministros. À
saída da reunião, o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, citado
pela agência Lusa, recusou adiantar "detalhes" sobre as medidas a
tomar ou fazer "comentários específicos" sobre qualquer
"especulação". O Governo espera apresentar na sétima avaliação da
"troika", ainda em Fevereiro, um programa de "poupanças" de
quatro mil milhões de euros.
Questionado se os
cortes na despesa do Estado vão ter algum impacto já em 2013, Carlos Moedas
afirmou que algumas medidas podem ter efeito ainda este ano. "Estamos a
falar em poupanças e não cortes. O valor de que estamos a falar é uma poupança
estrutural e é natural que, se essa poupança estrutural for para 2014, determinadas
medidas possam vir a ter efeito já este ano e esse efeito será positivo para o
exercício", disse o secretário de Estado.
Carlos Moedas
frisou que "o que está no memorando de entendimento é claro":
conseguir "modificar estrutura da despesa poupando em determinados pontos
para conseguir poupança estrutural".
"Temos de
conseguir preparar para a sétima avaliação um número de medidas e de opções que
nos permitam poupar e é nesse sentido que estamos a trabalhar, com todos os
ministérios, com todos os senhores ministros, com todas as equipas e vamos
continuar a trabalhar para conseguir chegar com empenho ao que todos sabemos
que está no memorando de entendimento, que é uma poupança de quatro mil milhões
de euros", referiu Carlos Moedas.
Instado a comentar
o corte de quatro mil milhões de euros, o ministro de Estado e dos Negócios
Estrangeiros, Paulo Portas, disse apenas que o "Governo português tem
compromissos externos". "E eu não tenho nada a acrescentar ao que
disse o secretário de Estado [Carlos Moedas] numa mera avaliação do trabalho
que está a ser feito", afirmou Paulo Portas.
A Renascença sabe
que na área da Defesa, por exemplo, o ministro José Pedro Aguiar-Branco propõe
passar de 38 mil para 30 mil os militares no efectivo, mas compensa com um novo
regime: todas os militares na reserva passam a poder ser chamados para
desempenhar funções. Há também a reserva operacional para forças especiais,
militares que até aos 35 anos ficam na disponibilidade de integrarem missões
quando for preciso. No total, o objectivo é cortar 200 milhões de euros só no
sector da Defesa.
Fonte:sapo.pt
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